Alone.

Postei isso no Fotolog, mas não sei.. quero postar aqui também. Essa musica (Who'd have known - Lily Allen) me inspira muito, é incrível. Isso me lembra que quero muito ir ao show dela, ouvi-la ao vivo. Mas fiquei irritada hoje quando vi que o HSBC Arena também aderiu aquela coisa ridícula de Pista Vip, arrrg. Tenho que começar a sondar meu querido pai para poder ir ao show.


E sabe, cheguei num ponto da minha vida (como se fosse enorme) que não sei mais o que realmente quero, nem o que não quero. Acho que existem muito mais dúvidas do que certezas, sendo que eu nunca fui disso. Sempre fui do estilo 'opinião formada' e sei lá se isso era bom ou ruim. Mas o que quero dizer é que, de algum modo, perdi a noção entre o certo e o errado, do que é realmente sensato. Virei uma pessoa totalmente impulsiva em certos aspectos e totalmente fechada em outros. Acho que de certo modo virei uma pessoa com uma falsidade mais apurada, no sentido de não suportar ouvir uma coisa absurda. Então, com isso, aprendi a ser falsa no mesmo tom com quem merece, com quem é. A meu ver também me tornei mais sensível a certas coisas e mais fria com outras. Sinto que a cada dia que passa me afasto mais das pessoas que não deveria me afastar nunca nessa vida: Meus pais. Tenho bons momentos com os 2, mas tenho certeza que eu deveria dar mais de mim. Me abrir mais, talvez. Com tudo que aconteceu nos últimos 3 anos na minha vida eu fui me fechando cada vez mais, acho que nem eu mesma me conheço mais. Como disse acima, perdi toda a noção do que devo ou não devo fazer. Não cheguei (ainda) no nível da loucura, mas já passei da psicose. Tenho medo e, ao mesmo tempo, euforia. O que me traria dor no passado me faz rir. O que eu ria no passado me traz lágrimas. O que eu julgava 'mais (...) sem importância' virou uma das minhas metas. Alias isso é mais um problema.. minhas metas se contradizem cronologicamente, realmente não sei mais o que farei primeiro quando o final desse ano chegar. Sei o que devo fazer, o querem que eu faça e o que
quero fazer. Percebi que precisam de mim.. ou, mais uma vez, tenho uma interpretação equivocada? Meu interior quer loucamente uma coisa, mas há pouco tempo uma nova voz (forte, diga-se de passagem) surgiu em minha mente (aquelas vozes próprias, coisa de psicótico) e me fez ver que uma parte de mim não quer essa mesma coisa.. seja por medo, receio, trauma ou seja lá o que for. Hoje lavando a louça de manhã ouvindo 'Me adora - Pitty' me senti feliz, sozinha e dançando que nem uma imbecil. O sol invadindo o quintal, os passarinhos na tigela de ração.. eu percebi que mesmo sem o que supostamente me faz mais falta, sou feliz. De verdade. E que aquele dia que eu recordo tão bem, que eu me sentia completa, não passou de uma alucinação. E sim, foi como se realmente não tivesse existido. Não existe nada concreto para que aquilo seja importante (embora seja do mesmo jeito). Percebi que eu me torturo sem motivos para tal. Uma hora, qualquer hora, as coisas vão se encaminhar para algum lugar. E mesmo que existam fortes ligações, mesmo que em certas horas funcione (ou não), as coisas vão mudar. Com ou sem o meu consentimento. Isso se chama destino, isso se chama vida. E não adianta o quanto eu queira prever o que estar por vir, sempre vou me surpreender, vou sofrer como sempre, vou ser feliz como sempre. A nostalgia sempre irá me perseguir, eu sempre vou sentir saudades do que passou, falta do que está longe.. isso é inevitável para qualquer ser humano. E, não sei por que, lembrei de uma frase que sempre volta a minha cabeça depois que a li em A Hora da Estrela - Clarice Lispector. Então, vou terminar esse texto, totalmente sem fundamento, com ela. Aliás, parabéns a você que leu isso (se é que alguém perde tempo lendo o que você escreve, Manuela. não se iluda a tal ponto, querida.)

Pensar é um ato. Sentir é um fato.


Lily Allen @ Who'd Have Kwown.

2 irrelevância(s):

Thiago disse...

Eu nunca acreditei em opiniões formadas,nem em destino.

Odeio quando falam "ninguém sabe o que quer da vida", porque soa tão cruel e tão verdadeiro. Na verdade nem sei se é cruel, afinal deve ser chato saber o que se quer, parece que estreita as nossas possibilidades de desejos. Mas, na verdade mesmo, eu acho que odeio essa frase porque é o tipo de coisa que qualquer pessoa fala, mesmo sem pensar no que está falando, ou, pior ainda, sem concordar com isso.
Talvez a coisa mais divertida da vida seja mudar de idéia, de pensamentos, de atitudes. Melhorar ou piorar, tanto faz, no fim é tudo questão de ponto de vista. Ou não. Por enquanto posso achar a coisa mais divertida mudar de idéia, mas pode ser que eu mude de idéia e não ache mais hehe.

Enfim, desculpa por ser metido e entrar em blogs alheios e ficar comentando.

Mas sei lá, eu li. Obrigado pelos parabéns.

Beatriz Oliveira disse...

Eu realmente não sou chegada a textos grandes, mas eu li cada linha desse.
Tem vezes que eu também acho que eu tô completamente louca. Eu me pego agindo como personagens de TV, tendo devaneios o tempo inteiro e espasmos com a fumaça no espelho na hora do banho. De uns tempos pra cá, eu fiz até uma lista de planos, porque eu não sabia mais o que fazer. E eu tenho momentos de depressão, de 'eu odeio a minha vida e quero morrer', tenho umas doenças psicosomáticas e pra piorar uma fobia absurda que eu não sei daonde veio. Tem vezes que a gente sente cada dia mais que não somos nós mesmas. A questão é: o que nós fariamos? If you know what i mean

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