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Infinitos raios de sol. Provenientes de somente um único raio solar, que está em sincronia com o prisma de cristal. Este que repousa sutilmente sob o rádio da cozinha. Nos raios de sol fico observando a dança dos flocos de poeira que dançam no ar. Lá fora um dia lentamente vai tomando consistência com o subir do Sol. Sento no parapeito da janela, observando o céu límpido e azul. Imersa em meus pensamentos oblíquos. Uma saudade corrói meu peito de maneira lenta, gradual e abusa. Fecho meus olhos e sinto uma sorrateira lágrima cortar meu rosto. Mas, ao mesmo instante, sinto uma mão assassinando-a. Não a minha mão fria... E sim uma mão calorosamente agradável. A mesma percorre todo o meu rosto, acaricia minhas - coradas - bochechas, desliza sob meus lábios e finalmente para, segurando meu queixo. Permaneço de olhos fechados. A mão o inclina. Subitamente sinto uma respiração aproximando-se cada vez mais de mim, até parar a 3 milímetros. Permanecemos no descrito estado por, aproximadamente, 10 minutos. Até que, com as pálpebras cerradas, assassino os 3 milímetros. Simultâneamente delicados lábios encontram-se com os meus. Abro meus olhos. Deparo-me com fervorosos olhos castanhos, juntamente com um sorriso estonteante. Passo minhas mãos diretamente para seus cabelos, entrelaçando meus dedos aos seus fios negros. Sinto sua outra mão brincando com uma mecha do meu cabelo liso. Minhas mãos deslizam para o seu rosto, sentindo sua barba crescendo em 2º estágio - o meu preferido. Acaricio os macios lábios com a ponta dos dedos, fazendo desenhos com as unhas vermelhas. Repentinamente, ele aproxima-se até meu ouvido e sussurra irresistivelmente as palavras que esperei tanto para ouvir novamente. "Como senti sua falta, An." Seguro seu rosto firmemente entre as mãos e falo o que sempre me faz corar ao dizer. "Não vá embora novamente então." Sua mão, que continuara em meu queixo, puxa-me decisivamente para junto de si. Sinto novamente meus lábios contra os seus, intensa e fervorosamente. Queria que isso durasse até o fim de meus dias, como de costume. Que Mark estivesse para todo o sempre aqui, comigo. Ele ri, o que arranca-me dos pensamentos clichês - risos. Passo a olhá-lo interrogativamente. Até que ouço "Sério, An, como vives sem mim?" Dou uma alta gargalhada e faço menção de levantar, até que -previsivelmente - sinto suas mãos envolverem minha cintura e puxando meu corpo contra o seu. No que resultou em nós dois caindo no chão. Rindo mais do que é possível descrever. E ele sussurra entre gargalhadas: "Boba, eu não vivo sem você também." Tenho mais 2 dias para desfrutar das mais belas palavras clichês. O Sol envolve-nos enquanto sou bombardeada com perguntas entusiasmadas sobre a minha semana e enquanto sua mão me puxa rua abaixo. "An, você está me ouvindo?" - pergunta ele rindo. Não respondo. Sorrio, solto-me de sua mão e dou 10 passos para longe. "Comece a refletir mais, caro Mark" Corro, rindo alto, ouvindo passos e risadas correndo mais rápido que eu. Refletindo...

Annie.


Jason Mraz @ I'm Yours.