In the sun.

Esse mês de Novembro me deu muitas coisas pra pensar. Algumas que eu já havia começado a pensar há meses atrás, mas que tomaram uma forma mais definida agora. E outras que tropecei por esses caminhos tortos da vida. Desde que eu virei as costas e sai andando, só uma palavra ressoa delicadamente em minha mente: 'Imbecil. Sou uma imbecil.'. (...)

Irônica
é essa minha vida, não existe frase mais apropriada. Você pede em pensamento que algum sinal divino seja enviado, para saber se pode ou não fazer algo. E por fim não ganhas um sinal. Você ganha fogos de artifício. Nessa hora aquela peculiar vontade de ser um avestruz e enfiar a cabeça na terra é quase que predominante - risos. Isso tudo tem sido quase um terremoto. Pra uma pessoa que tornou-se algo tão frio e rígido feito um iceberg, essa situação tem sido uma prova de fogo. Que vem derretendo as camadas superficiais, assim expondo cada vez mais o interior. A consequência óbvia disso é que tudo aquilo que eu optei por esconder, devido ao instinto de autopreservação, vai se esvaindo de minhas mãos, lenta e gradativamente. Meus nervos ficam a flor da pele, por não saber como lidar com essa exposição - ainda.
A minha tendência é sempre de ter medo, de hesitar ao máximo. Você ganha tantas bofetadas seguidas da vida, que uma hora isso acaba acontecendo obrigatoriamente. Venho tentando retroceder essa era glacial de mim mesma há vários meses. E - acho que - agora isso é quase uma prioridade, devido as circunstâncias à mim apresentadas.

Novembro vai se encaminhando para o seu desfecho, dando lugar ao mês de Dezembro. Entre árvores de natal, chesters, pisca-piscas e presentes, existe aquela áurea mágica que envolve até os mais desacreditados dessa época, como eu. Que tal mágica sirva de algo, nem que seja só para alguma tranquilidade forjada. O verão também se aproxima, trazendo consigo aquele calor excessivo (from hell). Que esse iceberg derreta. E que eu possa retomar o meu lugar de direito.

Norah Jones @ Don't Know Why