What the hell I'm doing here?

Cheguei a real conclusão de que a pessoa problemática e bipolar, afinal, sou eu mesma. Espero demais de todos a minha volta e , depois, os culpo por me decepcionarem. A cada dia que passa me sinto mais frustrada com a solidão, que insiste em agir como uma sombra em minha vida. Chega até a ser injusto - e realmente é - falar em solidão, tendo em vista tantas pessoas dispostas a me dar a devida força - como odeio essa palavra - , pessoas que me dão provas de lealdade, provas que não podem ser ignoradas. Mas não sei... ainda sinto uma pontada de dor quando olho ao meu redor e me sinto perdida, como se não fizesse parte desse lugar. Aliás, dor.. essa palavra é realmente significativa.

Todavia, hoje chego a uma resolução diferente de tudo que já escrevi. Como já havia escrito anteriormente, eu não sabia o motivo das realidades não mudarem, já que não existe mais nenhum motivo sequer para continuarem existindo, afinal. Neste momento tenho ciência de que, finalmente,
A realidade está deteriorada de tal maneira que não há um retorno ou escapatória. Ao final de todas as coisas, obviamente, acaba chegando a um fim verdadeiro - o qual espero que seja definitivo - . E nesse momento não sinto saudade ou falta, não me causa mais dor. O que acontecer daqui pra frente será irrelevante, a minha decisão final é definitiva. Não me lamento, e nem quero. Alguma hora as coisas vão tomar um rumo diferente, com ou sem as minhas inconstâncias. (Runaway.)

Com isso tudo, sei o que é certo e sei o que é estupidez. Estou continuando de maneira firme, para não alterar meus planos em sua devida ordem de acontecimentos. O que me segura, como sempre, é o meu glorioso e imutável orgulho. Meu melhor amigo de todos os momentos. Apesar de tudo que vem acontecendo nos últimos tempos, tenho alguns poucos motivos felizes, mas que ,por hora, são o bastante para a minha, já então conhecida,
half-hapiness.
Definitivamente, as coisas já estão mudando e tomando rumos diferentes.

E como escreveu o Felipe hoje, 'Espontaneidade na vida, ajuda a ser feliz.'

Gary Jules @ Mad World.

Everybody Lies, 2.

It's a basic truth of the human condition
that everybody lies.
The only variable is about what.



Coldplay @ A Rush Blood To The Head.

People don't change.

Não queria que fosse tão difícil e tortuoso. Sei que existem dias feitos para se colocar todos os sentimentos pro lado de fora, seja de maneira boa ou ruim.
Por isso que eu não tento entender as pessoas além do que posso, como poderia se nem ao menos me entender completamente consigo? Me indago sobre a minha vida todos os dias. Sou uma pessoa consumida inteiramente pela saudade. E não, nunca consegui mudar isso. Hoje sinto a dor perfurando meu peito, como se fosse alguém sedento por água em um deserto, que avistasse um oásis e descobrisse que é uma miragem. Me sinto realmente sem chão. Sabe o que pior? Não saber e não ter motivos pra tamanha tortura psicológica. Minha cabeça lateja de dor, meus olhos ardem e meu rosto é cortado impiedosamente pelas minhas lágrimas traiçoeiras. Elas sempre me vencem no final.. e acho que são as minhas únicas verdadeiras amigas, as que nunca me abandonam, as que me entendem.

Eu não aguento mais ter força. E eu preciso que uma hora alguma coisa dê certo. Qualquer coisa. Eu sinceramente quero ter algum motivo pra continuar. Porque hoje cheguei a conclusão que os que eu tinha já não me bastam.

Yndi Halda @ A Song For Starlit Beaches

Everybory Lies.

O tempo passa, as coisas mudam.. e as pessoas permanecem do mesmo jeito. Se são insuportáveis continuam insuportáveis. Se são boas pessoas, mudam pra pior aos poucos. Inevitável.
Estaria mentindo absurdamente se dissesse que gosto da vida que tenho. Não, não gosto. Não sou imensamente feliz, mas vou levando tudo até onde consigo. Faço com que algumas coisas, ao menos, sirvam para uma half-hapiness. Mas devo confessar que existem horas que isso não me basta. E nem chega perto de ser o suficiente para um mínimo de estabilidade emocional.

Ao passar dos dias, as pessoas me decepcionam cada vez mais. Pessoas que eu confiava. Pessoas que eu julgava 'amigas'. Nada, tudo mentira. Quando você precisa delas é quando descobre realmente o valor delas. Zero. Quando elas precisam de você.. nossa, quanto amor! A hipocrisia dos seres humanos ainda me choca. A cada nova fase ultrapassada, quando olhamos pra trás, vemos o rastro de mentiras que as pessoas que se julgavam nossas amigas deixam ao nosso lado. Mundo imundo, pessoas hipócritas, mentiras nuas e verdades inexoráveis. Essa é a minha definição quanto ao que eu vejo, ao que vivo e ao que presencio. Fico perplexa ao ver o quão irônica são as coisas. Sou uma pessoa completamente errada e que segue contra a maré normal. Tenho diversos defeitos, aprendi a ser fria, grossa.. Muito sofrimento é evitado sendo assim, isso é mais claro pra mim hoje. Pessoas que se importam, que amam intensamente, que são capazes de quase tudo por outras que são importantes.. isso não existe. Não existe porque as outras pessoas corruptas não deixam. Ferem, fazem sentir dor, fazem sangrar eternamente por erros cometidos. Cheguei a um ponto em que não peço felicidade, não peço alguém a quem amar, não peço esquecimento e nem vitalidade... só queria 5 minutos de paz plena. Paz interior. Não quero mais precisar de nenhuma dessas pessoas a minha volta. Pessoas que, sinceramente, só fazem ferrar para com a minha vida. E realmente cheguei na minha rendição. Não luto, não grito, não insisto, não converso.. acabou e é isso. A dor é inevitável, o sofrimento é opcional.

Minha mente rodopia entre as paredes do meu quarto. Meus olhos ardem, ansiando pelas lágrimas que meu interior insiste em despejar através deles. Minhas mãos congelam, meu pensamento é interrompido de maneira oblíqua e brusca. Não sinto, não tenho e nem quero mais força. Creio estar em overdose de força. Não é mais querer e sim precisar, ter uma necessidade, de alguém perto, que realmente se importe. Não quero fantoches, não quero mentiras. Realidade e sinceridade, só preciso disso. E no resto, por mim, que o mundo inteiro se exploda... a raça humana nunca prestou e não seria agora que faríamos diferente. Sou sim uma pessoa que definitivamente não presta. Assim como você, ela, ele, nós, elas, eles e todo o resto. E eu escolho colocar um ponto final e começar um novo capítulo. E quem quiser ir junto, que corra atrás. Da minha parte, enjoy the silence.

Hoje não temo mais a morte, nem fujo desse destino que é nos dado desde o primeiro dia de nossas vidas. (Só espero por ele.)

Wrap me up in a dream with you. Close up these eyes, try not to cry. All that I've got to pull me through is memories of you, memories of you, memories of you, memories of you...

Yellowcard @
One Year, Six Months.

A lack of color.

Perspectivas, planos, resoluções, metas, realidades, sonhos, infinitos, mutações, aprendizados, fracassos, erros, amores, amizades, dores, falsidades, cansaços, esperanças, estrelas, proximidades, perdões, fé, sofrimentos, decepções, viradas, decisões: Vidas, destinos.

O que vou falar dessa vez, que me tornei forte o suficiente para não sofrer de novo? Que tenho esperança para 2010? Que o meu triste coração continua quebrado? Que eu machuco as pessoas com as minhas palavras sem querer? Ou o centro de tudo, que estou cansada de tudo isso? Sabe do que eu cansei? De mim mesma. A grande realidade é que eu nunca me esforcei o suficiente pra dar continuidade, como era antes. Eu cansei de forçar o que eu não posso mais forçar. Eu cansei de depender de sentimentos que não possuem mais motivos pra continuarem existindo. Cansei de me apoiar nas pessoas que não posso apoiar verdadeiramente. Não quero vingança, não quero ser má.. só queria poder voltar a ser eu mesma. Aquela pessoa que age pelos seus impulsos, que morre de medo do novo, mas que não teme a felicidade. Aquela pessoa alegre e que tem vergonha de tudo. Mas como tudo tem um propósito, eu mudei. E quem não muda, afinal? Tenho todos os defeitos que pode existir, mas não me importo realmente com isso.

Sabe, ontem ouvindo o padre falando no casamento da minha prima percebi o quão as coisas são e sempre foram erradas. Não sou e nem nunca fui religiosa, mas não sei.. foi uma sensação de que eu precisava escutar o que escutei. Eu precisava de um choque de realidade. Realmente percebi que eu cometi os meus erros, como sempre, mas que o meu fundamento e o meu interior sempre foram os mais puros. Como já dizia Clarice Lispector, "Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra sempre.". E essa é a minha exata definição, sem tirar e nem por. Minha mãe não tem ideia do quanto as palavras que ela julga serem vazias, ao meu respeito, são verídicas. Que eu por ser uma pessoa tão introespectiva e exigente com tudo, sofrerei mais do mereço na vida. E agora volto a dizer o que venho repetetindo fazem 6 meses, em 2010 tudo será diferente. E só de sair desse lugar já me sinto feliz. E, no fundo, a minha felicidade sempre esteve nas entranhas daquela cidade. Finalmente, depois de 5 e longos anos, poderei voltar pra onde eu nunca deveria ter saído.

Sinto que meu corpo quer desabar e que minha mente deseja ardentemente ser apagada. Porém, mais uma vez, lutaremos todos juntos por mais uma dose extra de força. Minha alma, meu corpo e meu coração constantemente quebrado. 2 meses me separam da liberdade. E tudo se resume em uma palavra: Será.


So come on, come on...

Death Cab For Cutie @ Transatlanticism

Fall.

"O que me assusta não são as ações e os gritos das pessoas más,
mas a indiferênça e o silêncio das pessoas boas. "