Ruby. (22, 23/12/2009)

Antes eu tremia. Entrei na barca, após entrar - eis uma raridade - na igreja próxima a praça XV e me benzer. Tive uma "viagem" agradável, vendo a baía de Guanabara, pena que durou somente um período breve. Andei até a saída e comecei a caminhar para a UFF. Eu ainda tremia enquanto assinava meu nome na lista de presença do THE. Aos poucos a sala enchia, de garotas na maioria. Com o decorrer das 3 horas de prova, fiquei mais tranquila. Ao menos estava desenhando, o que me acalma normalmente. Olhava para os desenhos ao lado e sentia uma pontada de desespero. Elas desenhavam tão bem! Em alguns instantes me senti tentada a desistir e ir embora de uma vez. Mas permaneci, dei o melhor de mim e só me levantei com o som do sinal pairando no ar. Lá fora, ouvindo as pessoas enquanto passava, me senti um lixo. Comentários sobre coisas que eu não tinha nem pensado em fazer. Pensava estar preparada para a parte que eu realmente sei fazer. Vi que, na verdade, não estava. Manti a calma, não derramei lágrimas - embora quisesse muito. Queria mais do que tudo um abraço amigo. Me senti sozinha. Passava pela praça do Niemeyer, via a arquitetura magnifica dele e, para completar, amigos juntos, rindo. Casais felizes. Me senti pior, mas manti a compostura e continuei andando...
Na volta para o Rio vim pensando na minha vida. Nas realidades que pude ter certeza. Nas mudanças inesperadas. Minhas mudanças. Me sinto bem, por não ter motivos pro contrário, mas às vezes me vem um sensação de perda, por variados motivos. Sinto falta de elementos do passado, mas não do que eles implicam.

Mais um natal se aproxima. Há alguns anos perdi o encanto por essa época, ela sempre me remete a grandes nostalgias ligadas ou não a ela. Estamos em mais um final de ano, em mais uma sessão de dias fortemente providos de cargas emotivas. E, por mais que eu sinta que isso só poderá acontecer em no mínimo 8 meses, preciso de férias desse país. (Hold on.)
No momento me encontro no apartamento do meu pai, assistindo Juniper Lee e tomando Toddynho - pedindo alergia. Está calor e quero fazer algo hoje, darei um pulo o cyber e postarei isso no blog (esse caderno me salva, incrível). Não dará tempo de ir ao Jardim Botânico com o Renan hoje e nem dará pra almoçar com o Hugo, já que ele mora a 2 ruas daqui, mas tem prova hoje. Às 16h tenho que estar em casa pra voltar pra CF com meu pai. Faltam muuuitas coisas pra escrever aqui, mas deixo isso pra quando estiver na santa paz do meu quarto. Meu ingresso do Coldplay está comprado e me sinto mais feliz do que posso descrever! Apoteose que me aguarde em Fevereiro. Um feliz natal pra todos e pra mim também :)


Coldplay @ Viva la Vida

Esquadros.

"Coincidência. É o que tudo é. Nada mais que coincidência.
Tom finalmente aprendeu que não existem milagres. Não existem coisas como o destino. Nada está destinado a ser. Ele sabia. Ele tinha certeza disso agora. Tom tinha bastante certeza."


坂本龍 - Merry Christmas Mr.Lawrence

Reset.

Tudo tem propósito. Ou não. Tudo acontece sem o seu consentimento. Ou não. O teu futuro já está escrito, não importa o que tu faças para modifica-lo. Ou não.
Todos nós temos a séria mania de colocar a culpa de coisas boas e ruins no destino. Aliás, isso se chama comodismo e não uma simples mania. Comodismo de poder colocar a culpa dos próprios atos em alguma coisa fora se si mesmo. Não ter a coragem e o discernimento de assumir tudo o que decidiu fazer e fez. Toda ação tem uma reação. Frase realmente significativa.

Ontem/Hoje foi decididamente um dos melhores dias da minha vida, simplesmente pelo fato de ter sido o encerramento, em grande estilo, de todo um ciclo. Dancei mais do que achava ser capaz, bebi, gritei, sorri, me surpreendi e vi o sol nascer atravez da janela do táxi. E, falando por hoje, não me importo com o 'e daqui pra frente?'. Domingo tenho a prova da UERJ, sei que não irei bem nela, mas mesmo assim estou feliz. Hoje também percebi que não me importo com as opiniões alheias, o que importa é a minha opinião. Afinal, a responsabilidade é integralmente minha, e não de quem está assistindo do camarote ao lado.
Sabe o que é mais engraçado de tudo? É acordar e começar a rir do que você pensa ser um sonho, daqueles bem loucos que só uma mente insana pode criar. É olhar pro lado e ver um vestido jogado numa cadeira, uma bolsa semi-aberta na cômoda. É olhar pra pulseira prateada machada de Laguna Beach, pisar no chão e sentir a areia sujar seus pés. Nesse momento é que você para e começa a rir mais ainda, por lembrar de tudo num estalo só. Certas coisas acontecem só pelo simples fato de uma hipótese, mesmo que seja no fundo de um subconsciente distante. Certos fatos que você julgava banais.. que na verdade te surpreendem quando você tem o choque de realidade de que realmente aconteceram. Nem um e nem dois fatos.. mas toda uma junção deles. No mesmo dia, na mesma hora. Com pessoas diferentes, ou não.

Eu ainda acredito na teoria do destino, de que tudo é predestinado sim. Mas o que aconteceu, acontece e está pra acontecer somos nós mesmos que escolhemos, escrevemos. Nossas linhas tortas, incoerentes e sem nexo vão tomando forma. Quando você para e olha pra trás, já existe um novo capítulo concluído. E o que já foi escrito, infeliz ou felizmente, não pode ser apagado ou modificado.
Já o futuro...
vai saber.


The All-American Rejects @ Move Along

Resolutions, 4.

O mundo realmente dá voltas. Já disse isso e volto a repetir, as pessoas deveriam dar mais atenção a essa filosofia de vida. Fico até impressionada com a minha capacidade de não conseguir ficar nem um mês sem arranjar problemas. Primeiro fico nervosa na droga da prova da UFF. E, pra completar, antes disso resolvo acabar com a minha tranquilidade emocional. Ao menos, desta vez, não estou reclamando de nada. A culpa é total e inteiramente minha. Queria entender o que passa na minha cabeça.. queria saber o por quê de tanta instabilidade mental. Aí paro pra olhar o passado e me vejo reclamando das pessoas instáveis. O que há comigo, não possuo o mínimo direito de reclamar de instabilidades emocionais de pessoas alheias, se eu sou um belíssimo exemplo da mesma.
Enquanto voltava pra casa ontem, olhava pela janela os campos verdes com as vaquinhas pastando, como sempre. Percebi o quanto as coisas são simples e claras, só nos basta ter a capacidade se conseguir ver tal simplicidade. Decidi que não estou preparada pra dar um dos meus futuros passos, fora que não vejo necessidade pra isso por hora. Como disse ontem pra Gabriella, chega de virtualidade. Cansei de 'viver' o que não existe, o que não posso ter a ter a qualquer momento. E também não quero enganar ninguém, já que não tenho sentimentos recíprocos. Meu final de semana foi errante justamente por isso. Pena que só percebi isso depois de abrirem meus olhos na tarde de sábado. Sei que essa decisão vai machucar, por mais que as coisas ainda estejam no começo, mas antes agora do que deixar tudo evoluir como na outra história. Tentarei fazer tudo na maior cautela possível, para a dor ser quase imperceptível.

Embora eu diga pra mim mesma que tudo acabou, algo no meu subconsciente diz que ainda existe um ganchinho, por menor que seja. Embora diga que é só um grande carinho, sei que morar naquela cidade vai mudar a minha mente, a minha concepção dos fatos. Não tenho esperança, não vejo nenhuma brecha de luz, mas sei simplesmente por saber que a tentação de voltar será grande. Que o meu interior vai gritar por isso. E, como acabei de dizer, sei simplesmente por saber. Não é premonição, nem pressentimento, aliás, não é algo que possa ser definido. Concordo com uma coisa, ligação mental. Mas o sentimento que essa 'sabedoria' me causa é medo. Sim, medo. Muito medo. Medo medo medo medo. Medo por não saber o que a minha cabeça vai aprontar dessa vez. Principalmente devido a proximidade, pelo furacão de sentimentos que aquela cidade me causa toda vez em que piso nela.

Amanhã já é Dezembro.. acabaram-se os meses, restaram-me apenas os dias.


Phil Collins @ Another Day in Paradise.

Touch me too.

Não passo de uma adolescente medíocre em crise. Com aqueles draminhas insignificantes, com o (mau) humor a flor da pele em quase todos os momentos. Essa mesma garota dramática, que é cobrada o tempo inteiro, para ter paciência com pessoas impacientes, para tolerar palavras de quem sequer sabe empregá-las corretamente. Excepcionalmente o que me tira do sério é o que, na teoria, teria de ser a parte mais estável de todo o contexto.
Hoje a ideia de morar e viver com meu pai já não me traz dúvidas, e sim certezas. Gostei do que vi e do que consegui imaginar de maneira superficial. Passando esse ano para a faculdade, ou não, meus dias nessa casa, nesse lugar e com essas pessoas estão milimetricamente contados. Isso não é um draminha de garotinha não-compreendida, mas sim a pura realidade. A cada dia que passa as coisas se tornam mais claras, evidentes e certas pra mim. Tem uma hora na vida que precisamos de mudanças drásticas e que precisamos correr atrás de verdade para conseguir o que realmente queremos. Alguém ainda tem dúvida do que estou fazendo e do que farei?

Ontem comprei meu lindo vestido para a formatura. E olhando pra ele nesse momento, percebo que o significado não é só o do lado narcisista, mas também o encerramento de toda uma fase. E também o começo de um novo capítulo, uma nova experiência de vida. Eu realmente não sei o que me aguarda
- e nem me interessa saber - mas, por hora, essa enorme expectativa me agrada e me traz esperança. Mas de uma coisa estou certa: 2010 será o ano mais decisivo - até o presente momento - de toda a minha vida. E o que costumo chamar de half-hapiness desaparecerá. De uma maneira ou de outra, eu serei feliz de um ponto de vista completo.
Por um
- I hope! - longo tempo.

Aliás, é disso que estou precisando um pouco.. algum motivo pra ter felicidade plena. Qualquer coisa, somente um motivo estúpido e incoerente.

The Beatles @ Because.

Everybody's gotta learn sometimes.

É como eu havia dito em meu post anterior, as coisas realmente estão mudando. A lástima - ou não - é o fato da minha pessoa só perceber isso momentos depois, e não em tempo real como deveria ser. Coisas que eram de suma importância para mim, hoje se tornam cada vez mais irrelevantes com o decorrer dos fatos. Fatos inesperados acontecem, pessoas novas surgem a nossa volta.. quando me dou conta a realidade é outra bem diferente da que eu conhecia. Ótima e diferente, diga-se de passagem.
Posso estar novamente enganada. Posso estar novamente na minha auto-ilusão. Mas se for pra ser assim, prefiro continuar cega por um tempo. Eu finalmente gosto do que vejo, gosto do que vivo. E o melhor de tudo não é o que eu sinto, mas sim o que está em volta. Sim sim, isso é bom. A forma com que tudo ocorre.. cada vez me surpreendendo mais. Diferente de tudo que você imaginava, que você planejava e previa de maneira metódica. Tudo aquilo que contradizia os desejos recentes - mas nada racionais -. Ah o destino... tragédias e mágoas evitadíssimas, nem falo nada. Agora é só manter o foco. E é assim que deve/vai ser, correr atrás do que te dá retorno antes da previsão. E sem esforço. Valor, as pessoas deveriam rever mais essa palavra.

Rumos e caminhos diferentes. Escolhas parecidas, porém opostas. Pessoas parecidas, mas que nunca foram da mesma sintonia. Repito, nunca foram. Tudo ilusão. Tudo fruto de mentes férteis. Não me arrependo de nada do que fiz, não almejo apagar nada do que foi escrito em minhas linhas cuidadosamente tortas e anormais. Hoje sinto orgulho de mim mesma. E posso dizer, mesmo não tendo tanta firmeza quanto gostaria em alguns aspectos, que eu venci. Que meu rosto não sentirá mais nenhuma única lágrima para com relação a isso.

E, pra mim, é essa a minha maior força.

Come join the party, it's a celebration

Anybody just wont't do, let's get it started
No more hesitation, coz' everybody wants to party with you.


Madonna @ Celebration.
[Essa musica tem altos significados internos..]

What the hell I'm doing here?

Cheguei a real conclusão de que a pessoa problemática e bipolar, afinal, sou eu mesma. Espero demais de todos a minha volta e , depois, os culpo por me decepcionarem. A cada dia que passa me sinto mais frustrada com a solidão, que insiste em agir como uma sombra em minha vida. Chega até a ser injusto - e realmente é - falar em solidão, tendo em vista tantas pessoas dispostas a me dar a devida força - como odeio essa palavra - , pessoas que me dão provas de lealdade, provas que não podem ser ignoradas. Mas não sei... ainda sinto uma pontada de dor quando olho ao meu redor e me sinto perdida, como se não fizesse parte desse lugar. Aliás, dor.. essa palavra é realmente significativa.

Todavia, hoje chego a uma resolução diferente de tudo que já escrevi. Como já havia escrito anteriormente, eu não sabia o motivo das realidades não mudarem, já que não existe mais nenhum motivo sequer para continuarem existindo, afinal. Neste momento tenho ciência de que, finalmente,
A realidade está deteriorada de tal maneira que não há um retorno ou escapatória. Ao final de todas as coisas, obviamente, acaba chegando a um fim verdadeiro - o qual espero que seja definitivo - . E nesse momento não sinto saudade ou falta, não me causa mais dor. O que acontecer daqui pra frente será irrelevante, a minha decisão final é definitiva. Não me lamento, e nem quero. Alguma hora as coisas vão tomar um rumo diferente, com ou sem as minhas inconstâncias. (Runaway.)

Com isso tudo, sei o que é certo e sei o que é estupidez. Estou continuando de maneira firme, para não alterar meus planos em sua devida ordem de acontecimentos. O que me segura, como sempre, é o meu glorioso e imutável orgulho. Meu melhor amigo de todos os momentos. Apesar de tudo que vem acontecendo nos últimos tempos, tenho alguns poucos motivos felizes, mas que ,por hora, são o bastante para a minha, já então conhecida,
half-hapiness.
Definitivamente, as coisas já estão mudando e tomando rumos diferentes.

E como escreveu o Felipe hoje, 'Espontaneidade na vida, ajuda a ser feliz.'

Gary Jules @ Mad World.

Everybody Lies, 2.

It's a basic truth of the human condition
that everybody lies.
The only variable is about what.



Coldplay @ A Rush Blood To The Head.

People don't change.

Não queria que fosse tão difícil e tortuoso. Sei que existem dias feitos para se colocar todos os sentimentos pro lado de fora, seja de maneira boa ou ruim.
Por isso que eu não tento entender as pessoas além do que posso, como poderia se nem ao menos me entender completamente consigo? Me indago sobre a minha vida todos os dias. Sou uma pessoa consumida inteiramente pela saudade. E não, nunca consegui mudar isso. Hoje sinto a dor perfurando meu peito, como se fosse alguém sedento por água em um deserto, que avistasse um oásis e descobrisse que é uma miragem. Me sinto realmente sem chão. Sabe o que pior? Não saber e não ter motivos pra tamanha tortura psicológica. Minha cabeça lateja de dor, meus olhos ardem e meu rosto é cortado impiedosamente pelas minhas lágrimas traiçoeiras. Elas sempre me vencem no final.. e acho que são as minhas únicas verdadeiras amigas, as que nunca me abandonam, as que me entendem.

Eu não aguento mais ter força. E eu preciso que uma hora alguma coisa dê certo. Qualquer coisa. Eu sinceramente quero ter algum motivo pra continuar. Porque hoje cheguei a conclusão que os que eu tinha já não me bastam.

Yndi Halda @ A Song For Starlit Beaches

Everybory Lies.

O tempo passa, as coisas mudam.. e as pessoas permanecem do mesmo jeito. Se são insuportáveis continuam insuportáveis. Se são boas pessoas, mudam pra pior aos poucos. Inevitável.
Estaria mentindo absurdamente se dissesse que gosto da vida que tenho. Não, não gosto. Não sou imensamente feliz, mas vou levando tudo até onde consigo. Faço com que algumas coisas, ao menos, sirvam para uma half-hapiness. Mas devo confessar que existem horas que isso não me basta. E nem chega perto de ser o suficiente para um mínimo de estabilidade emocional.

Ao passar dos dias, as pessoas me decepcionam cada vez mais. Pessoas que eu confiava. Pessoas que eu julgava 'amigas'. Nada, tudo mentira. Quando você precisa delas é quando descobre realmente o valor delas. Zero. Quando elas precisam de você.. nossa, quanto amor! A hipocrisia dos seres humanos ainda me choca. A cada nova fase ultrapassada, quando olhamos pra trás, vemos o rastro de mentiras que as pessoas que se julgavam nossas amigas deixam ao nosso lado. Mundo imundo, pessoas hipócritas, mentiras nuas e verdades inexoráveis. Essa é a minha definição quanto ao que eu vejo, ao que vivo e ao que presencio. Fico perplexa ao ver o quão irônica são as coisas. Sou uma pessoa completamente errada e que segue contra a maré normal. Tenho diversos defeitos, aprendi a ser fria, grossa.. Muito sofrimento é evitado sendo assim, isso é mais claro pra mim hoje. Pessoas que se importam, que amam intensamente, que são capazes de quase tudo por outras que são importantes.. isso não existe. Não existe porque as outras pessoas corruptas não deixam. Ferem, fazem sentir dor, fazem sangrar eternamente por erros cometidos. Cheguei a um ponto em que não peço felicidade, não peço alguém a quem amar, não peço esquecimento e nem vitalidade... só queria 5 minutos de paz plena. Paz interior. Não quero mais precisar de nenhuma dessas pessoas a minha volta. Pessoas que, sinceramente, só fazem ferrar para com a minha vida. E realmente cheguei na minha rendição. Não luto, não grito, não insisto, não converso.. acabou e é isso. A dor é inevitável, o sofrimento é opcional.

Minha mente rodopia entre as paredes do meu quarto. Meus olhos ardem, ansiando pelas lágrimas que meu interior insiste em despejar através deles. Minhas mãos congelam, meu pensamento é interrompido de maneira oblíqua e brusca. Não sinto, não tenho e nem quero mais força. Creio estar em overdose de força. Não é mais querer e sim precisar, ter uma necessidade, de alguém perto, que realmente se importe. Não quero fantoches, não quero mentiras. Realidade e sinceridade, só preciso disso. E no resto, por mim, que o mundo inteiro se exploda... a raça humana nunca prestou e não seria agora que faríamos diferente. Sou sim uma pessoa que definitivamente não presta. Assim como você, ela, ele, nós, elas, eles e todo o resto. E eu escolho colocar um ponto final e começar um novo capítulo. E quem quiser ir junto, que corra atrás. Da minha parte, enjoy the silence.

Hoje não temo mais a morte, nem fujo desse destino que é nos dado desde o primeiro dia de nossas vidas. (Só espero por ele.)

Wrap me up in a dream with you. Close up these eyes, try not to cry. All that I've got to pull me through is memories of you, memories of you, memories of you, memories of you...

Yellowcard @
One Year, Six Months.

A lack of color.

Perspectivas, planos, resoluções, metas, realidades, sonhos, infinitos, mutações, aprendizados, fracassos, erros, amores, amizades, dores, falsidades, cansaços, esperanças, estrelas, proximidades, perdões, fé, sofrimentos, decepções, viradas, decisões: Vidas, destinos.

O que vou falar dessa vez, que me tornei forte o suficiente para não sofrer de novo? Que tenho esperança para 2010? Que o meu triste coração continua quebrado? Que eu machuco as pessoas com as minhas palavras sem querer? Ou o centro de tudo, que estou cansada de tudo isso? Sabe do que eu cansei? De mim mesma. A grande realidade é que eu nunca me esforcei o suficiente pra dar continuidade, como era antes. Eu cansei de forçar o que eu não posso mais forçar. Eu cansei de depender de sentimentos que não possuem mais motivos pra continuarem existindo. Cansei de me apoiar nas pessoas que não posso apoiar verdadeiramente. Não quero vingança, não quero ser má.. só queria poder voltar a ser eu mesma. Aquela pessoa que age pelos seus impulsos, que morre de medo do novo, mas que não teme a felicidade. Aquela pessoa alegre e que tem vergonha de tudo. Mas como tudo tem um propósito, eu mudei. E quem não muda, afinal? Tenho todos os defeitos que pode existir, mas não me importo realmente com isso.

Sabe, ontem ouvindo o padre falando no casamento da minha prima percebi o quão as coisas são e sempre foram erradas. Não sou e nem nunca fui religiosa, mas não sei.. foi uma sensação de que eu precisava escutar o que escutei. Eu precisava de um choque de realidade. Realmente percebi que eu cometi os meus erros, como sempre, mas que o meu fundamento e o meu interior sempre foram os mais puros. Como já dizia Clarice Lispector, "Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra sempre.". E essa é a minha exata definição, sem tirar e nem por. Minha mãe não tem ideia do quanto as palavras que ela julga serem vazias, ao meu respeito, são verídicas. Que eu por ser uma pessoa tão introespectiva e exigente com tudo, sofrerei mais do mereço na vida. E agora volto a dizer o que venho repetetindo fazem 6 meses, em 2010 tudo será diferente. E só de sair desse lugar já me sinto feliz. E, no fundo, a minha felicidade sempre esteve nas entranhas daquela cidade. Finalmente, depois de 5 e longos anos, poderei voltar pra onde eu nunca deveria ter saído.

Sinto que meu corpo quer desabar e que minha mente deseja ardentemente ser apagada. Porém, mais uma vez, lutaremos todos juntos por mais uma dose extra de força. Minha alma, meu corpo e meu coração constantemente quebrado. 2 meses me separam da liberdade. E tudo se resume em uma palavra: Será.


So come on, come on...

Death Cab For Cutie @ Transatlanticism

Fall.

"O que me assusta não são as ações e os gritos das pessoas más,
mas a indiferênça e o silêncio das pessoas boas. "

Spotless mind.

- I don't see anything I don't like about you...
- But you will! But you will, and I'll get bored with you and feel trapped, because that's what happens with me.
- Okay.
[Smiles]
- Okay.

Protège moi.

Às vezes chego a pensar que nada tem uma razão e que é impossível prever o que virá pela frente. Outras penso que tudo está a nossa frente, só cabe a nós arquitetar a capacidade para que os nossos olhos fracos e opacos possam enxergar. Embora eu tenha aprendido a compreender as vantagens de ser uma pessoa bipolar, ainda não consigo me acostumar com a dor que isso causa em certos momentos. Não é aquele tipo de dor comum. Depois de tanto tempo tendo força suficiente pra tornar o seu mundo um pouco mais feliz, não dando nenhuma fresta para o sofrimento, você acaba se acostumando, de uma certa forma. Realmente não sei se isso é geral, mas pelo menos na minha vida já se tornou uma rotina quando as coisas vão muito bem, sem motivos especiais, acontece algo e muda tudo. O mundo deixa de ser aquele lugar suportável e aquele óculos de ilusão que você usava desaparece. Você vê tudo como realmente é, com uma leve pitada de sensacionalismo dramático. Dor. É essa a resolução. Você acha que não vai suportar, que é impossível ter mais força do que se já teve até então. Que tudo dói, que naquele momento todas as feridas já abertas um dia na sua vida voltaram, com aquela dor inexorável que te impede de respirar.

Até a metade do dia de hoje eu pensava que iria cair de novo. Mas agora me contradigo e a cada dia que passa vejo o quanto aprendi a ser forte comigo mesma, em certos aspectos. Nada nunca foi fácil e, como sempre disse meu pai, tudo é conquistado na base do esforço. Você dá um passo e ganha uma gota de suor escorrendo pela testa, explorando cada canto da sua face. Cada um faria diferente o que eu faço, tenho plena certeza que muitos teriam ficado pelo caminho no meu lugar, com a minha história. Aí que está o ponto, é a
minha história e cabe a mim escrevê-la de acordo com o que o meu coração dita, com correções da minha razão e bom senso. Gabriel, você não sabe o quanto é fundamental na minha vida e eu não tenho palavras suficientes pra te agradecer por você ser quem você é. Obrigado por me fazer sorrir hoje falando aquelas besteiras que só você me faz pensar, juntamente com os planos maléficos e a euforia máxima pra ir na bienal dia 16. Because is the best day EVER! E eu sei que, haja o que houver, você vai me dar a força de sempre pra não derramar uma única lágrima e seguir com o meu melhor sorriso no rosto. Porque, como diz a Annah, se for pra perder, que seja com classe.

E sabe de uma coisa? Não sou eu que tenho que ter medo.
Eu só queria parar de tentar entender o incompreesível.

Preciso acender a lareira, antes preciso cortar a lenha.
O machado está apoiado ao lado da porta. É só pegar.

A neve vai começar a cair a qualquer momento. Olho pela janela e vejo o céu cinza escuro, com o vento frio começando sua ópera. Abro a porta, somente de pijama flanelado e pantufas da cabeça do Homer Simpson. Sinto o vento gelado cortando meu rosto, gosto da sensação. Fecho meus olhos e paro de pensar por breves segundos que duram uma eternidade. Sinto na ponta de meus lábios o primeiro floco de neve da estação. Meu corpo não está sob o meu controle. Abro os olhos, vejo os pequenos e graciosos flocos de neve caindo do céu, como um ato de magia. Sinto o chão úmido da entrada de casa penetrando em minhas pantufas, passando pelas minhas meias e chegando finalmente aos meus pés. Não sinto as pontas dos meus dedos. Meu nariz está congelado. Mesmo assim permaneço parada. Me sinto feliz, mas feliz do que em qualquer outro momento de minha vida. A neve fica mais espessa, se despedindo da minha alma nua. Fecho os olhos e uma traiçoeira lágrima foge de seu esconderígio, caminhando lentamente pela minha face, cortando-a enquanto passa. Ando lentamente até a porta, entro em casa, olho mais uma vez pro céu cinza e fecho a porta. E mesmo tendo se passado 3 anos disso tudo, lembro-me de cada sentimento, de cada sonho, de cada promessa e de cada sensação que percorreu todo o meu corpo naquela fração de segundo que eu passei exposta aos -6º de Ettelbruck, em Luxemburgo.

E bipolaridade é isso. 5 minutos neutros, 10 esperançosos, 5 nostálgicos e 5 de olhos fracos, opacos e molhados. Saudade, eis uma palavra que não possui qualquer tipo de definição.

Tudo o que existe, ou existiu, começou com um sonho.

Coldplay @ The Scientist

Resolutions, 3.

Em nenhum momento alguém me iludiu dizendo que ia ser fácil.
Como eu disse pra 2 pessoas essa semana, a única solução é ter força e esperar. Uma hora as coisas dão certo, ou acabam, ou pelo menos se tornam suportáveis novamente.

E confesso que a minha força foi pelos ares.

KT Tunstall @ Golden Age

Tonight.

E não importa onde e nem como, vai dar tudo certo. É por isso que eu amo tanto meu pai, acho que só ele pra me incentivar nos meus sonhos dessa maneira de sempre. Enquanto minha mãe é totalmente 'pés no chão' meu pai prova que sonhos são possíveis com exemplos vividos por ele mesmo. Por isso que eu digo que [mesmo egocêntrico e rude em certos momentos] ele é O cara.

Agora senti certeza, vou fazer valer isso tudo e tudo vai dar certo.
2010 será O ano da minha vida, gravem isso! E realmente, estou quase indo pra UFRRJ pra fugir de tudo. Agora sim, pra FUGIR mesmo. Ah cara, se eu só passar pra lá vou dar meu jeito e será pra lá que eu vou! HAHAHA Loucura total, mas realmente não me interessa o que o resto acha. Por incrível que pareça não estou num momento 'revolt' hoje.. Eu to muito, muito e muuito feliz! E só eu sei o quanto é bom dizer isso sabendo que é verdade. E daí que não é felicidade completa? É essa
half-happiness que me sustenta todos os dias, então é com ela que eu tenho que permanecer. Pelo menos por enquanto.. Eu cansei de só querer o difícil, de não ser feliz por conta das outras pessoas. Oficializo aqui e agora que eu desisto de tudo que eu lutei e não deu certo nesse tempo todo. Como bem diz a Marina, 'desencanei'. Sim, eu sei que disse isso milhares de vezes e que sempre volto atrás, mas dessa vez eu não vou correr atrás. Se sentir alguma falta que corra atrás, mas não garanto que estarei a diposição. Que continue do jeito que está porque é assim que tem que ser, é assim que funciona, afinal! E como eu disse no meu post anterior, vou colocar a lenha da árvore estéril pra aquecer e sair em busca dos novos frutos. Tenho tudo na minha mão, só basta querer. E meu, eu quero coisas novas. Posso assumir algo? O passado está ficando no passado e isso me deixa inexplicavelmente feliz comigo mesma! E eu JURO que vou aproveitar ao máximo esses últimos 3 meses com as pessoas daqui. Vou me divertir como nunca quando puder. Obviamente que a prioridade ainda é estudar, como eu venho fazendo todos os dias. Agora é a hora, algo me diz que esses 3 meses vão passar voando e que serão os melhores meses do anooo! I gotta felling, I gotta felling...

Black Eyed Peas @ I Gotta Felling

Wings of a butterfly.

Acho que as pessoas confundem carinho com estupidez.
Hoje começo a acreditar que devo ser uma pessoa totalmente estúpida e que o que faço, e sempre fiz, não passa de perda de tempo. Não serve e nem adianta pra nada, é. Só vivo de um extremo pro outro, isso é incrivelmente
desnorteante. Ou eu magoo as pessoas ou são elas que me magoam. E acho triste que, hoje em dia, ninguém me surpreenda mais, todos se tornaram previsíveis e metódicos. Creio que até eu mesma tenha me tornado assim. Como bem disse Merlim, nas Crônicas de Artur, o destino é inexorável. A cada dia que passa sair dessa cidade se torna algo inútil, o que eu queria mesmo era trocar de mundo, trocar de vida. Parei de me questionar 'Ah, porque não sou feliz? lálálá' Idiota, eu sou feliz, tenho plena certeza disso. O meu problema é o de todas as pessoas, a grama do vizinho é sempre mais verde. Principalmente quando o que se quer está na ponta dos seus dedos, mas por mais que você tente sempre escorrega.. E sabe o pior? Não adianta se culpar quando a culpa não é realmente sua, cheguei a essa conclusão depois de 3 anos inteiros. Se matar pela árvore que não te dá frutos, isso sim é estúpido. Corte a árvore, leve a lenha para casa e se aqueça com os lembranças dela na mente. Retire a felicidade que ela lhe proporcionou e não lamente pelo que faltou. Procure frutos em algum outro lugar, plante e veja no que dá. É impossível prever o futuro, assim os astrólogos e ciganos estariam milionários, e não andando como mendigos na rua ou fazendo horóscopos em rádios matinais.

Borboletas. Seres incríveis com uma metamorfose fascinante. Nascem como lagartas, em sua maioria feias e nojentas. Fazem em torno de si mesmas um casulo, o qual que é feito de seda, e de lá surgem lindas borboletas. Que voam, sem qualquer rumo ou
direção, só voam.. sem depender de ninguém ou de nenhuma outra borboleta.

H.I.M. @ For You

Heads will roll.

Realmente, essa semana foi bem tensa. Apesar de ter sido hiper produtiva. Estou finalmente me entendendo com física, nas aulas depois da escola com a Julia no Zé [Isso deve ter soado no mínimo engraçado, rs]. Mas até que hoje me controlei e me comportei, como sempre. Embora tenha passado a maior parte do estresse, sinto que ainda resta algo do momento 'revolt' aqui dentro. Quero realmente saber como vou me controlar na maldição da aula de espanhol amanhã, com aquela bola insuportável crente que está abafando [Estão vendo como estou venenosa essa semana? Incrível, deveria ser assim mais vezes, rs].

Mas ainda acho que terça fiz algo de que posso me arrepender amargamente, mas eu precisava me livrar disso. Soou repugnante, mas enfim. Escolhi pagar pra ver, então só resta esperar, está feito. E acho que o meu pensamento de ontem após o banho tem fundamento.. o tempo desgasta a maioria das coisas, totalmente verídico. Não acaba, mas deteriora. Os fatos não mudam e nem voltam, permanecem lá trás, no museu denominado Passado. E uma palavra que lembrei agora, que me faltou em um post passado, cada vez mais me torno mais introespectiva.

Finalmente amanhã poderei passar a minha tarde sem absolutamente nada pra fazer, podendo assim organizar meus pensamentos [Vale a pena comentar que essa semana eu mal tive tempo de respirar, hm]. Não posso perder meu hábito de correr todos os dias, então vou compensar os 2 que eu estava morta e fiquei morgando em casa.

Isso merece um novo parágrafo. Dia 16 finalmente chega a Bienal novamente, depois de 2 anos de espera pela melhor data do ano! Definitivamente, aquele lugar tem magia. O que será de mim sem os piqueniques com o pessoal no meio da Bienal, todos lotados de sacolas com livros, rindo e comendo brigadeiro de microondas da Leticia? Sentirei extrema falta disso. Depois de 2 bienais com esse pessoal a gente se acostuma, hm. Fora o grande fato de que em cada bienal algo especial acontece, COISA DO DESTINO! Ainda lembro de 2007, Manuela, Marina & Ingrid na fila pra falar com a Thalita Rebouças [obra da dona Marina, claro] e vai Manuela buscar as bolsas ficaram com Thomás e Gabriel. Sendo que a Manuela na Bienal fica num estado de extrema felicidade, ou seja, vai naquele andar saltitante crente que está num filme de desenho animado HAHAHA. Olha pra frente e vê o seu melhor amigo na época [que ela gostava, por acaso (ou achava isso, rs)] andando com o melhor amigo dele. Foi uma cena linda, eu quase morri de ataque cardíaco, diga-se de passagem. Mas foi marcante, que dia bom foi aquele! Impossível ficar triste perto de toda aquela gente! Ta vendo, não digo que a Nostalgia ainda irá acabar com o mundo? Mas enfim, mataremos a saudade de um pouco disso dia 16, finalmente! <3

Já estamos em Setembro, definitivamente a expressão 'Esse ano passou voando' não é mais adequada. Voando é pouco, só restam mais 3 meses! Isso é bom. Isso é assustador também. Por um lado quero logo que acabe, por outro sinto que o tempo está se esgotando mais rápido do que eu previ.

Expectativa; Ansiedade. Nervosismo será pouco, grave isso.

Fall Out Boy @ I Don't Care

Plans.

Realmente, hoje tenho toda a certeza que eu poderia ter.. me tornei uma pessoa diferente do que eu era. Aí vão me dizer 'Normal, todo ser humano evolui.'. Será mesmo uma evolução? Engraçado, não consigo ver por esse aspecto tão favorável e positivo o tempo inteiro. Como pequenas coisas hoje me tiram fora do sério durante o dia, coisas que antes não tinham a mínima importância. Se bem que eu sempre fui daquele tipo de garota certinha que não responde ninguém. Disse bem, fui. Acho que hoje, se pudessem, alguém teria atirado bem no meio da minha testa. Me tornei uma pessoa daquelas que eu própria dizia 'Nossa, que pessoa chata e estressada'. Pois é, eu sou assim, rs. E vou falar mais uma vez, sentirei um imensa falta daquela sala, mas juro que a vontade de acabar a escola e não ver mais a cara de certas pessoas é maior. Fora a vontade de sair dessa cidade. E que vontade ENORME de sair daqui, diga-se de passagem. Como eu escrevi hoje no Fotolog, cansei daqui, das pessoas daqui e do 'meu eu' daqui. Não julgo-me infeliz, seria muito egoísta e ingrata dizendo isso, mas digo que poderia ser mais feliz em outro lugar, com outros ares e pessoas.

Morar em Niteroí, junto com meu pai [nem tudo é perfeito, rs], estudar na UFF, conhecer novas pessoas [preciso urgentemente disso, dica], aprender a andar no Rio de Janeiro [é absurdo eu ter nascido numa cidade e não conhecer nem 5% dela], visitar as pessoas de quem eu sinto TANTA falta, resolver de uma vez por todas a minha vida da maneira menos dolorosa possível.. Eu tenho grandes planos e expectativas pra 2010. Obviamente nem tudo serão flores, afinal terei que aprender a me virar, mesmo morando com meu pai [o que será uma experiência totalmente peculiar..].

Ao mesmo tempo que sinto que já vivi muitas coisas pra minha pouca idade [afinal, o que são insignificantes 17 anos?], olho pra frente e vejo o quanto de vida, escolhas e tudo o mais que vem por aí. Vejo que todo o meu suposto sofrimento não é naaaada. Que com certeza coisas mil vezes piores me aguardam. Mas que também terá felicidade no meu caminho, tenho certeza que terei muitas surpresas agradáveis. E também correrei atrás dos meus sonhos, afinal nada vem fácil e de graça, rs.

Todavia, tudo o que mudei nesse tempo todo e tudo o que ainda ei de mudar não importam tanto assim.. ainda enxergo que a minha essência continua intacta. Ainda me acho uma pessoa inocente demais, que se impressiona fácil e que se derrete por qualquer meia dúzia de palavras bonitas. Ainda sou aquela garotinha de 5 anos que espera a maldição de um príncipe encantado montado num cavalo branco. Aquele cara lindo, loiro, de olhos azuis, alto e milionário. Ok, a parte do príncipe loiro e perfeito [cópia do Brad Pitt, diga-se de passagem] é mentira, até porque loiros não fazem o meu tipo [cara, estou realmente escrevendo isso? HAHAHA]. Mas o que eu queria dizer antes de banalizar o meu post mais do que já estava era que, mesmo que tudo tenha mudado radicalmente, os sonhos são os mesmos. Os ideais não mudam e eu ainda tenho que traçar escolhas e alcançar metas. Eu acredito em destino, mas também acredito que quem o escolhe somos nós mesmos. E mesmo que certas vezes pareça que nada vai dar certo, é preciso enxergar a luz no final do túnel.. como eu já escrevi aqui certa vez, é preciso força pra sonhar e perceber que a estrada vai além do que se vê.

Mew @ Comforting Sounds

What if.

Certos dias em nossas vidas passam tão rápido que não percebemos. Outros tão lentamente que chega a ser uma forma de tortura. Às vezes me pergunto qual é a real necessidade de certas ações de algumas pessoas. Sei que não posso falar muito em termos de 'magoar o próximo', mas é o tempo inteiro um querendo ferir o outro. Indiretas totalmente diretas. As pessoas hoje não se dão nem ao trabalho de disfarçar. Vivemos em um mundo cruel, onde ninguém se importa com ninguém. E aquelas pessoas que se importam acabam magoadas.. porque? Porque se importaram! Então as mesmas passam a não se importar e acabam virando aquelas futuras pessoas que só sabem fazer um tipo de coisa: magoar.

Sinto saudades daquele tempo feliz e distante, em que era tudo simples e objetivo. Onde as pessoas não escondiam atrás de máscaras, onde não era preciso criar muros em volta de si mesmo. Semana passada descobri algo curioso, que até então não tinha ciência. Uma pessoa que antes se expressava com tanta naturalidade [com certa vergonha, é claro], hoje não passa de uma máscara. Me entristece saber que essa é a imagem que eu devo passar para o resto do mundo. Uma máscara. Que pra todos não tem problemas, que sorri de tudo e que é imensamente feliz. As mesmas coisas que magoam o resto das pessoas também me magoam. Sabe qual é a diferença? Eu me importo além do que deveria se estarei ou não magoando alguém.. o resto das pessoas não. 'Ah, ela? Ela não se magoa com isso, oras.' Sou humana como qualquer outra, é tão difícil entender isso? Estou em um tempo de arrependimentos de atitudes feitas, arrependimento por ter depositado esperança e confiança em quem não merecia isso. Quando eu desaponto as pessoas, essas quase me crucificam. Agora, quando é o oposto 'Dane-se a Manuela'.

Quando eu digo que cansei ninguém leva a sério. Bonito será o dia que eu realmente me revoltar e mandar tudo pro espaço. Nesse dia aquelas pessoas que falavam 'Ah, olha como ela é feliz e exagerada nos problemas' terão suas lindas e belas bocas devidamente lacradas e pensarão 'Não é que ela estava certa?' Só que aí mora um pequeno e glorioso detalhe: Elas irão olhar pro lado e me procurar para falar isso.. mas não estarei mais aqui.
E isso é real.

Enya @ A Day Without Rain

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Reality, that's all.

Turn off.

"Amor é quando você acha que a pessoa com quem você se relacionava era egoísta, possessiva e infantilóide e isso não reduz em nada a sua saudade, não impede que a coisa que você mais gostaria neste instante é de estar tocando os cabelos daquela egoísta, possessiva e infantilóide.

Amor é quando você sabe tintim por tintim as razões que impedem o seu relacionamento de dar certo, é quando você tem certeza de que seriam muito infelizes juntos, é quando você não tem a menor esperança de um milagre acontecer, e essa sensatez toda não impede de fazê-lo chorar escondido quando ouve uma música careta que lembra os seus 14 anos, quando você acreditava em milagres."


Coldplay @ X&Y

Alone.

Postei isso no Fotolog, mas não sei.. quero postar aqui também. Essa musica (Who'd have known - Lily Allen) me inspira muito, é incrível. Isso me lembra que quero muito ir ao show dela, ouvi-la ao vivo. Mas fiquei irritada hoje quando vi que o HSBC Arena também aderiu aquela coisa ridícula de Pista Vip, arrrg. Tenho que começar a sondar meu querido pai para poder ir ao show.


E sabe, cheguei num ponto da minha vida (como se fosse enorme) que não sei mais o que realmente quero, nem o que não quero. Acho que existem muito mais dúvidas do que certezas, sendo que eu nunca fui disso. Sempre fui do estilo 'opinião formada' e sei lá se isso era bom ou ruim. Mas o que quero dizer é que, de algum modo, perdi a noção entre o certo e o errado, do que é realmente sensato. Virei uma pessoa totalmente impulsiva em certos aspectos e totalmente fechada em outros. Acho que de certo modo virei uma pessoa com uma falsidade mais apurada, no sentido de não suportar ouvir uma coisa absurda. Então, com isso, aprendi a ser falsa no mesmo tom com quem merece, com quem é. A meu ver também me tornei mais sensível a certas coisas e mais fria com outras. Sinto que a cada dia que passa me afasto mais das pessoas que não deveria me afastar nunca nessa vida: Meus pais. Tenho bons momentos com os 2, mas tenho certeza que eu deveria dar mais de mim. Me abrir mais, talvez. Com tudo que aconteceu nos últimos 3 anos na minha vida eu fui me fechando cada vez mais, acho que nem eu mesma me conheço mais. Como disse acima, perdi toda a noção do que devo ou não devo fazer. Não cheguei (ainda) no nível da loucura, mas já passei da psicose. Tenho medo e, ao mesmo tempo, euforia. O que me traria dor no passado me faz rir. O que eu ria no passado me traz lágrimas. O que eu julgava 'mais (...) sem importância' virou uma das minhas metas. Alias isso é mais um problema.. minhas metas se contradizem cronologicamente, realmente não sei mais o que farei primeiro quando o final desse ano chegar. Sei o que devo fazer, o querem que eu faça e o que
quero fazer. Percebi que precisam de mim.. ou, mais uma vez, tenho uma interpretação equivocada? Meu interior quer loucamente uma coisa, mas há pouco tempo uma nova voz (forte, diga-se de passagem) surgiu em minha mente (aquelas vozes próprias, coisa de psicótico) e me fez ver que uma parte de mim não quer essa mesma coisa.. seja por medo, receio, trauma ou seja lá o que for. Hoje lavando a louça de manhã ouvindo 'Me adora - Pitty' me senti feliz, sozinha e dançando que nem uma imbecil. O sol invadindo o quintal, os passarinhos na tigela de ração.. eu percebi que mesmo sem o que supostamente me faz mais falta, sou feliz. De verdade. E que aquele dia que eu recordo tão bem, que eu me sentia completa, não passou de uma alucinação. E sim, foi como se realmente não tivesse existido. Não existe nada concreto para que aquilo seja importante (embora seja do mesmo jeito). Percebi que eu me torturo sem motivos para tal. Uma hora, qualquer hora, as coisas vão se encaminhar para algum lugar. E mesmo que existam fortes ligações, mesmo que em certas horas funcione (ou não), as coisas vão mudar. Com ou sem o meu consentimento. Isso se chama destino, isso se chama vida. E não adianta o quanto eu queira prever o que estar por vir, sempre vou me surpreender, vou sofrer como sempre, vou ser feliz como sempre. A nostalgia sempre irá me perseguir, eu sempre vou sentir saudades do que passou, falta do que está longe.. isso é inevitável para qualquer ser humano. E, não sei por que, lembrei de uma frase que sempre volta a minha cabeça depois que a li em A Hora da Estrela - Clarice Lispector. Então, vou terminar esse texto, totalmente sem fundamento, com ela. Aliás, parabéns a você que leu isso (se é que alguém perde tempo lendo o que você escreve, Manuela. não se iluda a tal ponto, querida.)

Pensar é um ato. Sentir é um fato.


Lily Allen @ Who'd Have Kwown.

Resolutions, 2.

Perca o teu rumo e assuma enquanto é tempo..
Você se fingia de cega pra não ver o óbvio diante de teus olhos.

Você sempre esteve errada e sempre soube que estava.
E hoje vê o quanto precisa disso.
E a cada dia que passa fica pior.

Placebo @ Running Up That Hill