What if.

Certos dias em nossas vidas passam tão rápido que não percebemos. Outros tão lentamente que chega a ser uma forma de tortura. Às vezes me pergunto qual é a real necessidade de certas ações de algumas pessoas. Sei que não posso falar muito em termos de 'magoar o próximo', mas é o tempo inteiro um querendo ferir o outro. Indiretas totalmente diretas. As pessoas hoje não se dão nem ao trabalho de disfarçar. Vivemos em um mundo cruel, onde ninguém se importa com ninguém. E aquelas pessoas que se importam acabam magoadas.. porque? Porque se importaram! Então as mesmas passam a não se importar e acabam virando aquelas futuras pessoas que só sabem fazer um tipo de coisa: magoar.

Sinto saudades daquele tempo feliz e distante, em que era tudo simples e objetivo. Onde as pessoas não escondiam atrás de máscaras, onde não era preciso criar muros em volta de si mesmo. Semana passada descobri algo curioso, que até então não tinha ciência. Uma pessoa que antes se expressava com tanta naturalidade [com certa vergonha, é claro], hoje não passa de uma máscara. Me entristece saber que essa é a imagem que eu devo passar para o resto do mundo. Uma máscara. Que pra todos não tem problemas, que sorri de tudo e que é imensamente feliz. As mesmas coisas que magoam o resto das pessoas também me magoam. Sabe qual é a diferença? Eu me importo além do que deveria se estarei ou não magoando alguém.. o resto das pessoas não. 'Ah, ela? Ela não se magoa com isso, oras.' Sou humana como qualquer outra, é tão difícil entender isso? Estou em um tempo de arrependimentos de atitudes feitas, arrependimento por ter depositado esperança e confiança em quem não merecia isso. Quando eu desaponto as pessoas, essas quase me crucificam. Agora, quando é o oposto 'Dane-se a Manuela'.

Quando eu digo que cansei ninguém leva a sério. Bonito será o dia que eu realmente me revoltar e mandar tudo pro espaço. Nesse dia aquelas pessoas que falavam 'Ah, olha como ela é feliz e exagerada nos problemas' terão suas lindas e belas bocas devidamente lacradas e pensarão 'Não é que ela estava certa?' Só que aí mora um pequeno e glorioso detalhe: Elas irão olhar pro lado e me procurar para falar isso.. mas não estarei mais aqui.
E isso é real.

Enya @ A Day Without Rain

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Reality, that's all.

Turn off.

"Amor é quando você acha que a pessoa com quem você se relacionava era egoísta, possessiva e infantilóide e isso não reduz em nada a sua saudade, não impede que a coisa que você mais gostaria neste instante é de estar tocando os cabelos daquela egoísta, possessiva e infantilóide.

Amor é quando você sabe tintim por tintim as razões que impedem o seu relacionamento de dar certo, é quando você tem certeza de que seriam muito infelizes juntos, é quando você não tem a menor esperança de um milagre acontecer, e essa sensatez toda não impede de fazê-lo chorar escondido quando ouve uma música careta que lembra os seus 14 anos, quando você acreditava em milagres."


Coldplay @ X&Y

Alone.

Postei isso no Fotolog, mas não sei.. quero postar aqui também. Essa musica (Who'd have known - Lily Allen) me inspira muito, é incrível. Isso me lembra que quero muito ir ao show dela, ouvi-la ao vivo. Mas fiquei irritada hoje quando vi que o HSBC Arena também aderiu aquela coisa ridícula de Pista Vip, arrrg. Tenho que começar a sondar meu querido pai para poder ir ao show.


E sabe, cheguei num ponto da minha vida (como se fosse enorme) que não sei mais o que realmente quero, nem o que não quero. Acho que existem muito mais dúvidas do que certezas, sendo que eu nunca fui disso. Sempre fui do estilo 'opinião formada' e sei lá se isso era bom ou ruim. Mas o que quero dizer é que, de algum modo, perdi a noção entre o certo e o errado, do que é realmente sensato. Virei uma pessoa totalmente impulsiva em certos aspectos e totalmente fechada em outros. Acho que de certo modo virei uma pessoa com uma falsidade mais apurada, no sentido de não suportar ouvir uma coisa absurda. Então, com isso, aprendi a ser falsa no mesmo tom com quem merece, com quem é. A meu ver também me tornei mais sensível a certas coisas e mais fria com outras. Sinto que a cada dia que passa me afasto mais das pessoas que não deveria me afastar nunca nessa vida: Meus pais. Tenho bons momentos com os 2, mas tenho certeza que eu deveria dar mais de mim. Me abrir mais, talvez. Com tudo que aconteceu nos últimos 3 anos na minha vida eu fui me fechando cada vez mais, acho que nem eu mesma me conheço mais. Como disse acima, perdi toda a noção do que devo ou não devo fazer. Não cheguei (ainda) no nível da loucura, mas já passei da psicose. Tenho medo e, ao mesmo tempo, euforia. O que me traria dor no passado me faz rir. O que eu ria no passado me traz lágrimas. O que eu julgava 'mais (...) sem importância' virou uma das minhas metas. Alias isso é mais um problema.. minhas metas se contradizem cronologicamente, realmente não sei mais o que farei primeiro quando o final desse ano chegar. Sei o que devo fazer, o querem que eu faça e o que
quero fazer. Percebi que precisam de mim.. ou, mais uma vez, tenho uma interpretação equivocada? Meu interior quer loucamente uma coisa, mas há pouco tempo uma nova voz (forte, diga-se de passagem) surgiu em minha mente (aquelas vozes próprias, coisa de psicótico) e me fez ver que uma parte de mim não quer essa mesma coisa.. seja por medo, receio, trauma ou seja lá o que for. Hoje lavando a louça de manhã ouvindo 'Me adora - Pitty' me senti feliz, sozinha e dançando que nem uma imbecil. O sol invadindo o quintal, os passarinhos na tigela de ração.. eu percebi que mesmo sem o que supostamente me faz mais falta, sou feliz. De verdade. E que aquele dia que eu recordo tão bem, que eu me sentia completa, não passou de uma alucinação. E sim, foi como se realmente não tivesse existido. Não existe nada concreto para que aquilo seja importante (embora seja do mesmo jeito). Percebi que eu me torturo sem motivos para tal. Uma hora, qualquer hora, as coisas vão se encaminhar para algum lugar. E mesmo que existam fortes ligações, mesmo que em certas horas funcione (ou não), as coisas vão mudar. Com ou sem o meu consentimento. Isso se chama destino, isso se chama vida. E não adianta o quanto eu queira prever o que estar por vir, sempre vou me surpreender, vou sofrer como sempre, vou ser feliz como sempre. A nostalgia sempre irá me perseguir, eu sempre vou sentir saudades do que passou, falta do que está longe.. isso é inevitável para qualquer ser humano. E, não sei por que, lembrei de uma frase que sempre volta a minha cabeça depois que a li em A Hora da Estrela - Clarice Lispector. Então, vou terminar esse texto, totalmente sem fundamento, com ela. Aliás, parabéns a você que leu isso (se é que alguém perde tempo lendo o que você escreve, Manuela. não se iluda a tal ponto, querida.)

Pensar é um ato. Sentir é um fato.


Lily Allen @ Who'd Have Kwown.

Resolutions, 2.

Perca o teu rumo e assuma enquanto é tempo..
Você se fingia de cega pra não ver o óbvio diante de teus olhos.

Você sempre esteve errada e sempre soube que estava.
E hoje vê o quanto precisa disso.
E a cada dia que passa fica pior.

Placebo @ Running Up That Hill

Mystery.

Achei isso num fotolog de uma menina, fiquei durante 5 minutos emitindo prolongados 'ooown'. Resolvi postar aqui.

- Então, Charlie Brown, o que é amor pra você?
- Em 1987 meu pai tinha um carro azul.
- Mas o que isso tem a ver com amor?


- Bom, acontece que todos os dias ele dava carona pra uma moça. Ele saía do carro, abria a porta pra ela, quando ela entrava ele fechava a porta, dava a volta pelo carro e quando ele ia abrir a porta pra entrar, ela apertava a tranca. Ela ficava fazendo caretas e os dois morriam de rir.. ...acho que isso é amor.


Esse texto já resume qualquer palavra que eu posso dizer. Tão simples.. não precisava ser difícil como é. Na verdade, ainda não precisa. Será mesmo que é pra ser assim, que já estava tudo predestinado desde o início?