Christmas lights

Some beginnings start so quietly you don't even notice they're happening. 
Quem diria que assistir Gossip Girl pela milésima vez me traria algo pra refletir.

Dezembro sempre foi um mês feito de encerramentos e início de ciclos pra mim, e também sempre foi um mês naturalmente pesado. Seja por ser o último mês do ano e trazer consigo a responsabilidade de encerrar algo, ou por também ser um momento de reunião de família - o que na minha nem sempre era algo necessariamente bom. Seja como for, esse último suspiro do ano (que dramático) me deixa reflexiva desde que me entendo como gente. 

Contudo, o curioso aqui é que ao mesmo tempo que meu último dezembro me trás lembranças difíceis, de uma semana onde a minha cabeça explodiu com tudo que eu ignorava nos últimos anos e que foi algo que virou a minha vida de cabeça pra baixo, também me trás exatamente a frase com que comecei esse texto. 

Pequenas decisões, pequenos acasos que acontecem e que naquele exato momento ninguém nunca diria que seriam algo mais que aquilo. Uma conversa de 20 minutos, uma troca de risadas leves. Uma noite gostosa e despretenciosa, uma dança de forró. Tem quase 1 ano que eu repito pra mim mesma o quanto que me choca de como as vezes certos momentos acontecem tão por acaso e se transformam em algo enorme. 

No meu último texto, mencionei que existem certas situações importantes que nós nos tocamos de que são importantes no próprio momento em que elas acontecem. E a memória desse texto aqui é exatamente o oposto. Quando eu imaginaria que eu ter decidido ir sozinha num pub crawl de natal me traria uma das pessoas mais importantes que já cruzou o meu caminho? E se eu não tivesse ido - dado que eu quase não fui mesmo? E se no dia seguinte eu não tivesse sido tão eu mesma e escolhido me deixar livre? Aqui eu já entro em outro ponto, que é o que eu chamo de destino. Coisas que eram pra ser. 

Não sou muito de pensar que nós temos o destino escrito e que tudo é previsto a acontecer de uma determinada forma, porém é difícil não seguir essa vertente quando tantas coisas que poderiam só não ter acontecido, ou poderiam tomar um outro rumo, aconteceram exatamente da forma que deveriam - e que causaram algo tão inesperado e incrível.

Certamente nesse tal início imperceptível ninguém se deu conta do que estava por vir, mas hoje é delicioso pensar que outro oposto também acontece: tudo que tem acontecido é tão claro e perceptível que em tempo real é possível sentir o tamanho da importância que essa história tem tomado. E de jeito nenhum digo que ela é perfeita, pois não é. Nada é e eu sei disso. Entretanto, mesmo com algumas eventuais tempestades, as mesmas tem servido pra criar laços ainda mais significativos, para fazer medos antigos perderem a força e trazer a parte leve de sonhar junto. De ter expectativas, planos - e disso poder ser compartilhado da forma mais leve e gostosa possível. 

Seguir escrevendo esse destino com alguém incrível, mas acima de tudo, tão humano e que leva a vida de um jeito bem próximo do meu, tem sido um dos capítulos mais loucos e incríveis que eu já escrevi. E hoje eu só quero que venham cada vez mais.


Lily Allen @ Who'd Have Known

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