Superunknown


Tudo girando, como se fosse pra sempre. Unhas afiadas perfurando a palma de suas mãos. E eu corro. Corro até os meus pulmões implorarem por oxigênio. A paciência já não me pertence mais - não mesmo. E mesmo quando não estou correndo, o ar me falta. (...) 
Se eu fosse um pouco mais psicótica, certamente teria matado alguém - de verdade - nos últimos dias. Não lembro quando meu nível de estresse esteve tão alto quanto ultimamente. Na realidade, acho que nunca me senti assim. Presa. Quase com uma corrente no pescoço. Logo eu, que sempre fui tão dona de mim. Só consigo definir com a sensação de estar sufocando, lentamente. Todavia, ao mesmo tempo, espero por outras coisas favoráveis. Ventos refrescantes. E digamos que está mais do que na hora deles darem o ar da graça. Graça esta que anda atrasada. Tudo bem, eu espero. Continuo tendo fé em tudo - e em mim. 

Permaneço navegando em águas desconhecidas, rumo ao inesperado. Tenho sede, meus braços estão doloridos. Contudo, remo sem descansar. A terra já foi avistada (continue remando). Ouço pássaros cantando (continue remando). Vestígios humanos na água (continue remando).

A terra se aproxima.
E eu continuo remando.

The Temper Trap @ Trembling Hands.

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